1 de abril de 2011

Il Bel Far Niente

    A beleza em não fazer nada.
    Quem já leu, ou já viu o filme "Comer, Rezar, Amar" sabe do que estou falando. 'Il Bel Far Niente' é uma expressão italiana, a qual já traduzi.


    Com minha vida em um momento tão agitado, quando li essa frase percebi o quanto é importante e belo (sim!) a arte de não fazer nada. Ontem a tarde foi assim. Vivi para mim. Sem fazer nada. Pensei em mim, avaliei o momento sem esforço algum. Fui tomada pela beleza de não fazer nada...
Não pensar em problemas. Não pensar na faculdade. Não pensar em projetos ambiciosos. Não sair andando pela casa igual a uma maluca, procurando algo para fazer. (Tá certo, antes da contemplação do 'não fazer nada', fiz foi uma boa faxina. Que acabou completando meu Il Bel far Niente da tarde.)


    A arte de não fazer nada nunca foi tão importante para mim. Com tantas pessoas me dizendo o que fazer, como me comportar, todo esse tipo de merda, pude parar (sim, PARAR!) por um instante, e avaliar. O que EU quero fazer agora? E naquela tarde, escolhi ficar em casa, sozinha. Sem ser importunada, sem ser avaliada, sem ser tomada pela sensação de desespero, de falta de tempo, de falta de energia, de falta de raciocínio lógico.


    Gostei, e muito, dessa sensação.


    E minha aventura pela percepção de uma nova beleza começa.

2 comentários:

Carol Vilhena disse...

Oi minha amiga!!!

Pois é acho que com o tempo esquecemos (ou nos sobra menos tempo) o qual importante é não fazer nada as vezes! Praticar o NADISMO (para saber mais: http://www.clubedenadismo.com.br/) Lembro de longas tardes deitada a sombra de um das árvores da escola...aiai
Tá sem sentimentalismo... vou tentar esse fim de semana apreciar a arte de não fazer nada ou pelo menos um minuto de nadismo!

Saudades
Bjus!

Gabriel L. Menezes disse...

Esses momentos são cada vez mais precisos, em vidas tão movimentadas, onde cada vez mais se preza a ocupação do nosso tempo ocioso. Precisamos revisar tanto nosso tempo em usar redes sociais, trabalhar, estudar, cuidar dos laços sociais que acabamos perdendo um pouco a conexão com nós mesmos. E muitas vezes, o que tanto procuramos nesses detalhes, conseguimos achar, não procurando.