15 de maio de 2011

Reforma

    Lavando a alma.
    Retirando cada lembrança inútil, cada palavra ofensiva. Cada lágrima que já percorreu meu rosto.
    Tirando a poeira de velhas memórias de infância. Memórias maravilhosas. (Como era bom ser criança, e a gente nem imaginava.).
    O coração, coitado. Remendado, com caquinhos colados, unidos de forma imperfeita. Sabe como é... Cristal, quando se quebra, nunca mais é o mesmo. Mas até esse coração machucado precisa de uma boa faxina.
    Retiro, então, velhas paixões, para dar lugar às novas.
    Algumas merecem permanecer, de certo. A família, os amigos, MINHA veterinária (paixão mais recente, e tão grande. Me faz sofrer, muitas vezes. Me dá trabalho, me cansa. Mas me encanta muito mais.)
    Talvez até tenha que fazer uma pequena reforma nos ouvidos. Colocar, talvez, um tipo de 'filtro imaginário'. Afinal, para que ouvir insultos, brigas, falsidade, humilhação, maldade? Não, não quero mais isso. Que o filtro do bem e do amor seja instalado.
    Quer saber? Acho que a boca também precisa de uma reforminha. Mas, dessa vez, de uma alto-falante.      Porque não consigo dizer as coisas que quero? Por medo? Talvez... Medo de perder pessoas queridas. Mas, se elas não me perdem... Porque as perderia?
    Minha caminhada continua. Não dá para estacionar a vida. Ela permanece acontecendo, agora, já e depois. Basta você escolher o que carregar durante ela, e o que deve deixar pelo caminho.

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