21 de novembro de 2010

Logomania

Deitada, assim, meio sem nada pra fazer. Bate uma vontade louca de escrever.
Mas, escrever sobre o que?

Sobre a última (e ainda presente) decepção amorosa? Sobre o fato de ter tomado uma decisão que mudará minha vida?

Queria que essas palavras fossem mais que letras mal escritas num pedaço de papel cheio de linhas.

Queria que minhas palavras que minhas palavras pudessem ser carregadas pelos quatro ventos, enchesse os ouvidos e as almas das pessoas que, porventura, ouvisse minhas histórias.

Mais que histórias... Sentimentos, ideologias, prazeres... Minha vida sendo contada bem diante dos meus olhos. Palavras sendo formadas sem que eu ao menos me desse pare para perceber.

Não tão importante pra quem lê, mas um longo e prazeroso caso de amor para quem escreve.

Que põe toda sua intimidade no papel em troca de.... Em troca de nada, na verdade.

Escrevo pelo simples prazer de escrever. De sentir, mesmo sem falar, que a garganta sangra com tantas palavras.

Escrevo, então, sobre escrever. Sobre me entregar totalmente aqui, agora, como nunca o fiz antes.

Um comentário:

Gabriel L. Menezes disse...

O fato de expôrmos o que sentimos, independente do que seja, ou então o que não sentimos, em um papel, nos faz um bem danado. Exteriorização de sentimentos... Sensacional ! Mesmo quando se é pra falar algo que agrade ou desagrade para outros, ou até mesmo para si. Saudades de tu !